Não somos santos. Um dos temas mais difíceis de se abordar
em nossa Doutrina é o SEXO!
Tia Neiva somente usou a palavra “sexo” em três de seus
inúmeros escritos: na carta “Era uma viagem”, escrita na UESB, ainda em 1960;
na 6ª Carta da Corporação de Adjuntos, originalmente escrita em 26 de junho de
1965, mas somente editada em 9 de outubro de 1984; e uma de suas pérolas, que
não chegou a tomar forma de carta. É justamente por esta pérola que inicio
nosso texto de hoje.
“O sexo não é como o álcool, que deteriora os poderes do
nosso Sol Interior. Porém, conforme a sua conduta, deforma e desmoraliza o
destino do missionário”. Tia Neiva
A frase parece completa e dispensa comentários, mas creio
que uma analogia, com exemplos práticos, poderá facilitar sua interiorização
pela nossa difícil personalidade.
Vemos muitos de nossos irmãos e irmãs colocando toda sua
jornada a perder, apenas por cederem aos desejos sexuais e entregarem-se às
inúmeras obsessões exploradas pelos Vales Negros.
Somos lindos! Nossas indumentárias são vestidos de gala,
nossas capas dão um toque de elegância e sofisticação, que normalmente não
temos em nossas vidas profanas. Qual Ninfa não fica linda de indumentária? Qual
Mestre não se transforma em um Príncipe com sua altiva capa? Além disso, quando
envergamos nossas indumentárias, refletimos a Luz de nossos Mentores! Somos o
Cavaleiro projetado, a Guia Missionária com todo seu esplendor!
Atraímos, inconscientemente, a todos que aspiram algo de
evolução, como a luz da lâmpada atrai às mariposas.
Infelizmente, muitos se aproveitam deste poder de atração e
mergulham nos desejos da personalidade, relacionando-se com pessoas que não
foram atraídas pela personalidade ou beleza física.
A isso Tia se referia: Deformação e desmoralização da
jornada, por ceder aos desejos da personalidade, face a atração provocada pela
Luz de nossos Mentores.
Nosso comportamento, nossa maneira espiritualizada de ver o
mundo e explicar os fenômenos, que a maiorias das pessoas ainda ignora, é um
fator de forte atração. Mas não podemos nos valer do conhecimento que
recebemos, a ser aplicado pelo bem da humanidade, para, claramente expressando:
seduzir, aproveitar a vida, e gozar de oportunidades sexuais que se apresentam
com muita frequência.
Somos Missionários! Despertemos para esta máxima! As pessoas
são atraídas pelo que podemos proporcionar de bom produtivo para suas vidas, e
é um verdadeiro crime se aproveitar!
Quando estamos de uniforme não podemos, em hipótese alguma e
nem sob qualquer pretexto, nos aproximar de outras pessoas com intuitos que não
sejam condizentes com nossa missão. Não se pode trocar telefones, marcar
encontros, levar o outro para o café e falar de sua vida, de sua personalidade!
De uniforme somos a Individualidade, o missionário!
Deixe a vida lhe proporcionar o que faz parte de sua
personalidade, de seus encontros e desencontros, “lá fora”!!! Os encontros
acontecerão naturalmente, sem forçar... O mundo parece muito pequeno quando
necessitamos encontrar quem está destinado a fazer parte de nosso caminho.
A conduta sexual desregrada destrói a moral do médium!
Quantos Mestres e Ninfas, com grande conhecimento e que possuem muito a
contribuir com a Espiritualidade, que perdem a oportunidade missionária por
serem observados em seus comportamentos lascivos e sedutores?
Quantos lares destruídos ainda teremos que ver, por não
resistirmos aos apelos do sexo casual? Creio que muitos podem avaliar a dor da
traição e o quanto é difícil perdoar... Nos Angicais e Prisões, vez por outra, encontramos
um irmãozinho que passou séculos vibrando contra nós, em virtude de uma dor
provocada pela traição.
Levar ao extremo sexual uma atração iniciada pela Luz, é
desvirtuar toda a missão! É desrespeitar a Guarda de Pai João, é ficar à mercê
do próprio Karma.
Não pensem que os solteiros podem tudo! Um missionário é um
missionário! Devemos viver nossas vidas e desfrutar o que ela nos oferece,
inclusive o sexo. Porém, estamos aos olhos do mundo! As pessoas podem admirar
nossa conduta ou nos desprezar. Como crer que aquele que prega o amor não leva
em consideração os valores morais?
Erramos... Todos em algum momento da jornada estamos
sujeitos a vacilações. Mas quando elas acontecem, abrem-se dois caminhos: Sair
se justificando para se aproveitar quando a oportunidade surgir de novo; ou
assumir que para um Missionário, a conduta inclui o respeito completo aos
sentimentos alheios.
Separar nossa vida doutrinária de nossa vida profana é muito
difícil, pois na verdade aprendemos que devemos é unificar as duas, levando o
missionário para fora do Templo e aprendendo a ser Jaguar 24 horas por dia.
Isso não quer dizer “ser santo”. Não somos santos! Nossa
herança espartana nos diz isso! Mas a mesma herança também diz: disciplina,
disciplina, disciplina!
Kazagrande
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