Meus irmãos e irmãs, Salve Deus!

Uma das maiores dificuldades em nos conduzir doutrinariamente ocorre pela tênue linha que divide a fronteira entre tolerância e permissividade. Sofremos por ver determinadas situações e nos calamos em nome da tolerância, sem perceber que, muitas vezes, ingressamos no terrível terreno da permissividade.

Seguindo a linha de sempre tentar explicar as coisas com mais clareza e simplicidade partirei para pequenos exemplos, que não devem ser tomados ao pé da letra, mas que servem de alegoria para um melhor entendimento. As situações relatadas não se referem a nenhum templo específico, pois podem acontecer em qualquer lugar, ou nunca acontecer. Nenhum exemplo é direcionado, Salve Deus!

A tolerância pode facilmente ser transcrita por “respeito”!
A permissividade é cumplicidade com ações equivocadas, é omissão!

Um coisa é respeitar a “Lei do Adjunto”, que permite ao Mestre, que nos conduz dentro do Templo, usar de sua intuição e prerrogativa para autorizar realizações necessárias para a atenção aos pacientes, para o bom andamento dos trabalhos e para a adaptação das Leis dentro da realidade do Templo, devido ao seu espaço físico e quantidade de médiuns disponíveis.

Outra coisa, totalmente diferente, é cegar os olhos para realizações fora da Contagem das Leis do Amanhecer, trazidas pela Espiritualidade, com todo o esmero de Tia Neiva e Pai Seta Branca. Nada foi registrado por acaso! Cada Lei teve um porquê ao ser registrada, e mesmo que nossos olhos físicos nada vejam, espiritualmente toda uma logística de nossos Mentores depende da precisão nas realizações.

Para exemplificar costumo comparar nossos templos a hospitais físicos. Temos Prontos-socorros (Templos Evangélicos, sem Corrente Mestra) e Hospitais de grande porte (Templos Iniciáticos, com Corrente Mestra).

Ao “transformar” um pronto-socorro em hospital (implantar a Corrente Mestra), assumimos que passaremos a dispor de todos os exames necessários, salas de cirurgia, acomodações, equipamentos e principalmente os profissionais da Saúde contratados para sua manutenção. Como dispor da estrutura física sem os profissionais, não é?

Bem... Seguindo a comparação física... Quando um grande hospital é inaugurado, passa a atrair os pacientes de toda uma região! Vem gente de tudo que é lado em busca de tratamentos que não dispunham antes. Formam enormes filas, unem-se em suas dores, chegando a alugar lotações para que possam chegar lá. Antes não podiam tratar um câncer, fazer uma cirurgia de correção de uma fratura ou de algum mal equivalente, não dispunham de exames de diagnósticos precisos, não tinham acesso aos tratamentos e equipamentos tecnológicos que somente um grande hospital dispõe.

Agora pensem comigo... Depois de construído este grande hospital, com todos seus equipamentos novinhos, com toda a estrutura para realizar a cura esperada por tanta gente... Os pacientes chegam e não encontram médicos! Não encontram os operadores dos equipamentos, das máquinas de tomografia, os responsáveis pelo asseio, os técnicos para preparar os exames... O que acontece?

Reclamações, gritaria, revolta! Passam até mesmo a agredir os funcionários que encontrem para cobrar explicações, para externar com violência a dor que estão sentindo!

Não... Não é um relato da saúde pública do Brasil, é o fato real do que pode acontecer quando assume-se um compromisso de implantar novos trabalhos e não poder mantê-los! Os pacientes são espirituais, espíritos! Espíritos que vêm de longe em busca de uma oportunidade, de um lenitivo, de uma esperança! Não falo do físico, poderia, falo apenas do espiritual! Estes espíritos enfermos passam a agredir os médiuns com suas reclamações, a desarmonia aumenta, os conflitos crescem e ninguém quer mais trabalhar naquele templo, piorando cada vez mais a situação!

Poucos têm a coragem de admitir que “passaram da conta”. Muitos criticaram um grande Adjunto que recentemente retornou seu Templo para condição Evangélica, no entanto ele preferiu a humildade em admitir a necessidade de ser fiel à Espiritualidade, do que sustentar a ilusão. A ilusão do grande hospital atraindo pacientes espirituais mas com o atendimento real de um pronto-socorro.

A Espiritualidade sempre aproveitará as energias presentes na realização de qualquer trabalho, mas o potencial do trabalho somente será atingido com a precisão em sua realização! Com o cumprimento da rotina, da ritualística, dos horários.

“Filho, todo trabalho, trabalho na hora certa, forma uma corrente inquebrável. Foi respeitando os horários que consegui contar 108 Horários do meu trabalho: Amor, Tolerância e Humildade.” Tia Neiva, sem data, ano de 1984 – Carta do Relógio do Sol Interior

Kazagrande

1 Comentários

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  1. Grande Irmão. Como sempre traduzindo de maneira simples a complexidade das relações. Tambem sou adepto do Fazer mais com menos. Assim atingimos com mais perfeição sem perder o nosso mistissismo. Muitos irmãos , partem sem planejamento mimimo e acabam sacrificando , e se sacrificando para o sacerdócio.

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