Pai João se aproximou de Tia Neiva enquanto ela caminhava pelo pátio frontal do Templo:

 - Fía, olhe para aquele médium ali e tenha muito carinho em sua avaliação.

Tia Neiva percebeu tratar-se de um Mestre bastante conhecido e aproximou-se iniciando uma conversa sobre um tema qualquer.

Enquanto falava, em sua clarividência, observava a aura do Médium e lhe chamou atenção a dissonância entre o quê via, e o quê estava sem seu colete. Com muito tato tocou no tema, e soube que ele havia adquirido de um vizinho, por um preço mais em conta. Este colete tinha um Radar que ele ainda não havia conquistado!

Explicou a ele a importância de somente usar aquilo que houvesse conquistado, assim não correria o risco de participar de um trabalho em uma posição para qual seu plexo ainda não estivesse preparado, trazendo conseqüências para toda sua jornada!

Passou na Lojinha e deu a ele um colete novo, orientando-o para que procurasse os Devas afim de obter a orientação sobre quais as armas que poderia realmente usar.

Salve Deus!

A Lojinha surgiu para ordenar a aquisição de nossas armas, para proteger o médium de usar algo fora do padrão, ou fora de suas reais condições mediúnicas. O mestre responsável tem que ser um profundo conhecedor de nossas armas e saber orientar, com carinho e respeito, todos que o procuram, encaminhando aos Devas, quando necessário.

A função da Lojinha não é gerar lucros abusivos, pode participar com um lucro justo na manutenção das despesas do Templo (água e luz, por exemplo), mas sua função não é ganhar dinheiro com a exploração do corpo mediúnico.

As armas devem ter uma pequena margem de lucro, para as despesas, mas também cumprir seu papel de auxiliar os médiuns menos favorecidos que a procurarem. Eu mesmo recordo, que não tendo nenhuma condição de pagar pelo meu primeiro colete, o recebi sem qualquer despesa ou compromisso firmado.

Obviamente não se pode sair dando nada de graça, cada qual deve lutar também pela conquista de cada radar a ser colocado no colete, mas não se pode fechar os olhos àqueles que, não podendo nada doar de dinheiro para o Templo, contribuem, com seu trabalho físico, auxiliando nas obras, participando ativamente em qualquer atividade que lhes seja solicitado, assumindo as funções mais humildes e normalmente de maior esforço físico.

A maioria de nossos médiuns é carente, e se esforça na aquisição de cada arma após uma difícil jornada para conquistá-la. Assim, nada como o bom senso para definir os preços e o emprego produtivo de cada centavo que ingresse para o benefício material de todos.

Aqueles que visando uma pretensa economia começam a confeccionar os próprios Radares ou buscar “alternativas” para aquisição, estão fora da Contagem deixada por Tia Neiva! Não basta ser “igualzinho”, tem que ter a emanação do Mestre responsável, designado para este trabalho específico.

Tendo os preços justos, a Lojinha elimina os “piratas doutrinários”. Estes normalmente visam o lucro, disfarçando suas reais intenções em “preços melhores”, mas revertem os lucros somente para si, acabando até por comprometer sua própria encarnação.

Kazagrande

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